A mobilização estudantil da UFPR em tempos de PEC 241

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Trazemos aqui um relato das diversas mobilizações que vem ocorrendo dentro da UFPR, de ambos os lados, no período de tempo desde a ocupação das escolas pelos estudantes secundaristas:

Imediatamente após as ocupações nos colégios, diversos estudantes da UFPR, principalmente de cursos de licenciatura, prestaram apoio aos secundaristas. Durante este tempo, discutiu-se a possibilidade de ocupar a própria UFPR, assim como ocorreu nas universidade estaduais, mas como argumentaram estudantes da universidade e das escolas ocupadas, o ato enfraqueceria a mobilização secundarista, que tanto precisa de apoio. Algumas semanas mais tarde, temos a PEC 241 em votação no congresso pela primeira vez e aprovada. É imediata então a resposta dos técnicos administrativos, que entraram em greve na segunda-feira (24) e da APUFPR que marca assembleia e dá indicativo de greve para construção de greve geral na última sexta-feira.

É a partir deste ponto que a mobilização estudantil começa. Reuniões entre CAs e alunos de diversos cursos ocorrem para discutir que ações tomar, dar repasses e promover discussões e aulas públicas sobre a PEC 241 e a MP 746. Ontem, alunos do curso de pedagogia ocuparam o prédio Dom Pedro I na Reitoria após assembleia do curso. Hoje, cursos do Dom Pedro II já decidiram pela greve e há mobilização de diferentes cursos em diferentes campi para uma ocupação setor a setor na UFPR.

Do outro lado, já surgiram manifestações de estudantes contrários que se mobilizam dentro de seus cursos para impedir as ocupações e através de eventos e páginas no facebook.

No momento temos a seguinte situação:

  • Dom Pedro I ocupado
  • Dom Pedro II em greve

Amanhã, quarta-feira (26) teremos assembleia do DCE no patio da reitoria para discutir o que vem ocorrendo e definir que atitudes os estudantes da UFPR frente ao que ocorre.

E se tiver greve? 🔗

Como já passamos de 75% do calendário previsto, em caso de greve não há a possibilidade de cancelamento do calendário acadêmico, apenas de congelamento, ou seja, para-se a contagem dos dias letivos que retomam tão logo a greve termine. Os dias letivos podem ser repostos dia a dia ou através de atividades como trabalhos e provas.